Motor Boxer 8 cilindros
sábado, 28 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Nosso Clube ajudando quem mais precisa...
Agradecer todos quem ajudaram, moto clube Ciganos de Araras, vitrola music fest quem foi que organizou
Clube do Fusca de Araras. Obrigado de coração.
Assuntos, curiosidades e reportagens
O Fusca do presidente
Há quinze anos o Brasil entrou para a história do setor automotivo global. Não por quebra de recorde mundial de produção ou lançamento de um veículo 100% nacional e revolucionário, mas sim por recolocar em produção veículo que fora descontinuado sete anos antes: o Volkswagen Fusca.
Foi um fato inédito no mundo, único registro da espécie até hoje. E o mais curioso: ressuscitar o Fusca foi pedido direto do presidente da República – e pedido de presidente não é pedido, é ordem.
Realismo. O renascimento do Fusca foi logo visto pela imprensa como quase que piada de mau gosto: não faltou gente a afirmar, com certa propriedade, que o carro era ultrapassado, inseguro, gastão. Itamar respondeu na época: “O Fusca é o realismo brasileiro e não o sonho megalômano de uma modernidade equivocada”.
Dentro da VW a coisa não foi muito diferente. O renascimento do Fusca foi visto internamente por muitos como um capricho presidencial – e mais nada. O próprio De Smedt afirmou que a VW não teria “um centavo de lucro” com o retorno do carro à linha: “Quando o presidente deu a idéia do Fusca achei que seria uma boa oportunidade para fabricar mais carros gastando pouco”.
Na matriz a coisa foi ainda pior, sendo o Fusca ressuscitado jamais aceito como tal. Para Wolfsburg o fim da produção do Fusca no Brasil é 1986 e pronto: os modelos da gama a partir de 1993 são considerados mera série especial.
A engenharia recebeu o desafio de fabricar novamente um carro que deixara a linha sete anos antes e cujo ferramental já fora quase que totalmente vendido. A solução foi a mais simples possível: a VW passou a comprar partes do Fusca, inclusive as estampadas da carroçaria, de quem adquirira seu maquinário para produzir peças de reposição.
Havia espaço de sobra na Anchieta para montar o Fusca, que não utiliza solda em sua construção. E para testar as modificações no motor – ganhou catalisador e alternador – a empresa simplesmente comprou Fuscas em bom estado no mercado de usados e utilizou-os como mulas. Para tornar mais rápido o processo produtivo carroçaria e chassis passaram a ser pintados juntos.
Assim, em 23 de agosto de 1993, prazo enxugadíssimo, Itamar Franco reinaugurou a linha do Fusca na fábrica Anchieta, a bordo de um conversível azul-claro. Viveu seu dia de JK – não por coincidência sentou-se no mesmo lugar no banco traseiro ocupado por Juscelino na clássica imagem de 1959, inauguração da mesma fábrica. Este mesmo Fusca conversível azul está, hoje, na garagem do ex-presidente.
Quem mais levou a sério o renascimento do Fusca, por assim dizer, foi o marketing. A aventura de vender novamente o carro que a própria VW chamou, em 1986, de “descompassado tecnologicamente” foi visto como desafio pessoal por muitos. A agência de publicidade, que fez história com os anúncios da primeira vida do Fusca, também abraçou a causa com carinho.
O resultado final foram peças bem humoradas no melhor estilo da tradicional linha de publicidade do Fusca. Os slogans sorriam: Quer Luxo, Compre o Santana era um deles. Outra peça era propaganda às avessas, que citava dez razões para não comprar um Fusca – a décima: Se você é presidente da Fiat, Ford ou GM.
Há quinze anos o Brasil entrou para a história do setor automotivo global. Não por quebra de recorde mundial de produção ou lançamento de um veículo 100% nacional e revolucionário, mas sim por recolocar em produção veículo que fora descontinuado sete anos antes: o Volkswagen Fusca.
Foi um fato inédito no mundo, único registro da espécie até hoje. E o mais curioso: ressuscitar o Fusca foi pedido direto do presidente da República – e pedido de presidente não é pedido, é ordem.
Realismo. O renascimento do Fusca foi logo visto pela imprensa como quase que piada de mau gosto: não faltou gente a afirmar, com certa propriedade, que o carro era ultrapassado, inseguro, gastão. Itamar respondeu na época: “O Fusca é o realismo brasileiro e não o sonho megalômano de uma modernidade equivocada”.
Dentro da VW a coisa não foi muito diferente. O renascimento do Fusca foi visto internamente por muitos como um capricho presidencial – e mais nada. O próprio De Smedt afirmou que a VW não teria “um centavo de lucro” com o retorno do carro à linha: “Quando o presidente deu a idéia do Fusca achei que seria uma boa oportunidade para fabricar mais carros gastando pouco”.
Na matriz a coisa foi ainda pior, sendo o Fusca ressuscitado jamais aceito como tal. Para Wolfsburg o fim da produção do Fusca no Brasil é 1986 e pronto: os modelos da gama a partir de 1993 são considerados mera série especial.
A engenharia recebeu o desafio de fabricar novamente um carro que deixara a linha sete anos antes e cujo ferramental já fora quase que totalmente vendido. A solução foi a mais simples possível: a VW passou a comprar partes do Fusca, inclusive as estampadas da carroçaria, de quem adquirira seu maquinário para produzir peças de reposição.
Havia espaço de sobra na Anchieta para montar o Fusca, que não utiliza solda em sua construção. E para testar as modificações no motor – ganhou catalisador e alternador – a empresa simplesmente comprou Fuscas em bom estado no mercado de usados e utilizou-os como mulas. Para tornar mais rápido o processo produtivo carroçaria e chassis passaram a ser pintados juntos.
Assim, em 23 de agosto de 1993, prazo enxugadíssimo, Itamar Franco reinaugurou a linha do Fusca na fábrica Anchieta, a bordo de um conversível azul-claro. Viveu seu dia de JK – não por coincidência sentou-se no mesmo lugar no banco traseiro ocupado por Juscelino na clássica imagem de 1959, inauguração da mesma fábrica. Este mesmo Fusca conversível azul está, hoje, na garagem do ex-presidente.
Quem mais levou a sério o renascimento do Fusca, por assim dizer, foi o marketing. A aventura de vender novamente o carro que a própria VW chamou, em 1986, de “descompassado tecnologicamente” foi visto como desafio pessoal por muitos. A agência de publicidade, que fez história com os anúncios da primeira vida do Fusca, também abraçou a causa com carinho.
O resultado final foram peças bem humoradas no melhor estilo da tradicional linha de publicidade do Fusca. Os slogans sorriam: Quer Luxo, Compre o Santana era um deles. Outra peça era propaganda às avessas, que citava dez razões para não comprar um Fusca – a décima: Se você é presidente da Fiat, Ford ou GM.
Restaurante em Saltzburg, na Áustria, com formato de Fusca, chama-se "Das Auto"
Que o Fusca é um dos modelos mais presentes na vida das pessoas não há dúvida, tanto é que o carrinho já teve diversas utilidades, seja servindo o exército, nas pistas de corrida e até mesmo em cenas cinematográficas. Mas ninguém ainda havia feito uma casa com o formato do modelo da Volkswagen até o arquiteto Markus Voglreiter colocar essa idéia em prática.
A construção está em Saltzburg (Aústria) e precisou de exatos US$ 2,08 milhões para ficar pronta. E passou a ser um ponto de encontro de fãs não apenas do Fusca, mas também de outros modelos similares, como o New Beetle e o Mini Cooper.
Que o Fusca é um dos modelos mais presentes na vida das pessoas não há dúvida, tanto é que o carrinho já teve diversas utilidades, seja servindo o exército, nas pistas de corrida e até mesmo em cenas cinematográficas. Mas ninguém ainda havia feito uma casa com o formato do modelo da Volkswagen até o arquiteto Markus Voglreiter colocar essa idéia em prática.
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